Era uma vez, eu era uma menininha que desapareceu.
Era uma vez, o meu nome não era Alice.
Era uma vez, eu não sabia como tinha sorte.
Quando Alice tinha dez anos, Ray levou-a de sua família, seus amigos ― a sua vida. Ela aprendeu a desistir de todo o poder, para suportar toda a dor. Ela esperou que o pesadelo acabasse. Alice agora tem quinze e Ray ainda a tem, mas ele fala mais e mais da sua morte. Ele não sabe é o que ela anseia. Ela não sabe que ele tem algo mais assustador do que a morte em mente para ela. Esta é a história de Alice. É uma que você nunca ouviu falar, e que você nunca, jamais esquecerá.
Ano: 2011 / Páginas: 172
Editora: Editora Underworld
Alice tinha dez anos, gostava de golfinhos e queria muito vê-los naquele dia, mas a realidade foi outra. Antes de ser levada, ela nunca chorava, mas quando Ray perguntou seu nome, chorou pela primeira vez. Alice que nunca tinha apanhado dos seus pais. Desse dia em diante ela tinha que ser a menininha do Ray, só que todas as menininhas crescem.
A garota cresceu e tinha que usar roupas apertadas, comer minimamente por dia e passar por sessões depilatórias. Antes dela, havia outra Alice, outra menininha do Ray, ele a matou e ainda foi no enterro consolar os pais. Esse é o Ray: frio, cruel e desumano, mas não deixava de sorrir para as mulheres na igreja que diziam que ele era um pai exemplar.
Ray dizia que qualquer coisa que Alice fizesse de errado, seus pais sofreriam as consequências e ela tinha medo, pois os pais da outra menina também sofreram. Agora, Alice com 15 anos tem um plano e tem que dar certo!
Como diz a sinopse, jamais vou esquecer desse livro. Indiquei para o máximo de pessoas que pude, mas não acho que todos devam ler. Faz um tempo que terminei e ainda fico chocada, triste e todos os sentimentos que se possa sentir ao ler sobre abuso infantil. Estou com tanta raiva do monstro que só de escrever o nome dele já causa uma revolta dentro de mim, vontade de fazer justiça com as próprias mãos. A autora foi menos explícita possível (se é que posso dizer assim), mas mesmo assim é algo tocante, profundo e desolador. Recomendo para quem tem ''estômago forte'' e queira conhecer a narrativa de Elizabeth.